Cultura Internet é o nome do projeto estruturado pela equipe do Instituto Ágora, encaminhado ao CGI.br, um órgão que regulariza o acesso à internet no Brasil. Foram cerca de 6 encontros formais realizados presencialmente com a equipe, nos quais lemos e relemos o edital, (des)construímos várias vezes a identidade do instituto e seus participantes diante da proposta desse edital, trocamos alguns emails e, finalmente, concluímos a versão final do projeto depois de 9 reescrituras da proposta. Todas as reescrituras estão devidamente arquivadas, assim como todas as interações entre autores e projetos arquitetados simultaneamente em atividades de gerência de letramentos. Utilizamos fotos, pequenos videos, arquivos virtuais, impressos, telefonemas, documentos jurídicos. Tudo constitui a enorme ecologia de textos e discursos que compõem o gênero projeto popular e suas múltiplas modalidades. É. Parece que tem muita pesquisa pela frente, e muito trabalho acadêmico para descrever como a gerência de letramentos pode abrir caminhos profissionais para linguistas aplicados no Terceiro Setor. E o Ágora é só um "case" da gerência de letramentos. Essa equipe, em particular, ainda não recebeu nenhuma comprovação de que a inscrição tenha sido encaminhada em tempo hábil, o que é uma responsabilidade autoral de cada instituição, combinada desde o primeiro encontro, que finaliza todo o processo de escritura do projeto. No entanto, está em jogo uma linda iniciativa de ir a Telecentros, nos 5 cantos da cidade, apresentar à população os projetos de lei que tramitam pela Câmara Municipal de São Paulo e que democratizam o uso da internet na cidade, incentivando que a população sugira, ela também, novos projetos de lei. A CGI.br pretende destinar uma quantia de r$ 140 mil reais para custear o processo e ainda uma publicação em revista impressa da experiência. A gerente de letramentos que vos escreve ainda foi convidada para coordenar as atividades em campo do instituto, sensibilizados que estiveram com os cuidados linguísticos necessários para atuarmos com públicos diversos, que (não) têm relacionamentos com linguagens jurídicas ou acadêmicas que, nesse caso, permeiam toda a essência do projeto.