Janaina Behling

Janaina Behling
Janaina Behling. Mestre em Linguística Aplicada pela Unicamp.Licenciada em Português, Italiano e Latim Clássico. Gerente de Letramentos. Coaching Autoral.

sábado, 30 de abril de 2011

Arquitetura de projetos para a Fundação Telefônica




Diferentes concepções sobre cultura na contemporaneidade ampliam o campo de visão e estilo de trabalho de organizações civis e abrem oportunidades para que consigam os melhores desempenhos diante de incentivos de grande porte. Organizações com estratégias de intervenção antiassistencialistas e concepções de mundo capazes de valorizar o que há de genuíno em atividades de impacto local se saem melhor, dado o caráter transdisciplinar de suas iniciativas, de modo que um projeto cultural seja também educativo, saudável, sustentável, de impacto a mudanças sociais. A Gerência de Letramentos é uma consultoria que além de arquitetar projetos culturais com concepções atualizadas sobre o poder de iniciativas populares ainda regulariza os projetos institucionais perante a Lei Rouanet e Proac, fazendo com que os projetos sejam uma identidade estratégica das organizações e não um texto pontual para captação de recursos. Essa identidade estratégica, sem dúvida, é valorizada pelas agências financiadoras como a Fundação Telefônica, disposta a financiar até r$ 500 mil em premiações para as instituições capazes de apresentar uma visão abrangente de cultura dialogando com identidades sociais, estratégias educativas, de saúde, de sustantabilidades, de qualidades de vida social. As inscrições para as premiações estão abertas até o dia 30/06. Será um prazer auxiliá-lo(a)!


Para mais informações, veja o regulamento:












































































































































































terça-feira, 19 de abril de 2011

Novo projeto assessorado pela gerência de letramentos





Cultura Internet é o nome do projeto estruturado pela equipe do Instituto Ágora, encaminhado ao CGI.br, um órgão que regulariza o acesso à internet no Brasil. Foram cerca de 6 encontros formais realizados presencialmente com a equipe, nos quais lemos e relemos o edital, (des)construímos várias vezes a identidade do instituto e seus participantes diante da proposta desse edital, trocamos alguns emails e, finalmente, concluímos a versão final do projeto depois de 9 reescrituras da proposta. Todas as reescrituras estão devidamente arquivadas, assim como todas as interações entre autores e projetos arquitetados simultaneamente em atividades de gerência de letramentos. Utilizamos fotos, pequenos videos, arquivos virtuais, impressos, telefonemas, documentos jurídicos. Tudo constitui a enorme ecologia de textos e discursos que compõem o gênero projeto popular e suas múltiplas modalidades. É. Parece que tem muita pesquisa pela frente, e muito trabalho acadêmico para descrever como a gerência de letramentos pode abrir caminhos profissionais para linguistas aplicados no Terceiro Setor. E o Ágora é só um "case" da gerência de letramentos. Essa equipe, em particular, ainda não recebeu nenhuma comprovação de que a inscrição tenha sido encaminhada em tempo hábil, o que é uma responsabilidade autoral de cada instituição, combinada desde o primeiro encontro, que finaliza todo o processo de escritura do projeto. No entanto, está em jogo uma linda iniciativa de ir a Telecentros, nos 5 cantos da cidade, apresentar à população os projetos de lei que tramitam pela Câmara Municipal de São Paulo e que democratizam o uso da internet na cidade, incentivando que a população sugira, ela também, novos projetos de lei. A CGI.br pretende destinar uma quantia de r$ 140 mil reais para custear o processo e ainda uma publicação em revista impressa da experiência. A gerente de letramentos que vos escreve ainda foi convidada para coordenar as atividades em campo do instituto, sensibilizados que estiveram com os cuidados linguísticos necessários para atuarmos com públicos diversos, que (não) têm relacionamentos com linguagens jurídicas ou acadêmicas que, nesse caso, permeiam toda a essência do projeto.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Paisagens letramentais do Terceiro Setor


Escrevi sobre premiação de ong´s que realizam ações educativas "informais" afirmando que são incentivos interessantes, mas talvez nem tanto, já que ong´s não são escolas e escolas não são ong´s. Vou ilustrar esse raciocínio contando uma historinha, acho mais fácil pra ocasião: uma vez fui conhecer uma organização civil que trabalha com "educação para"coleta seletiva de lixo e reciclagem lá na Lapa. Eu vi uns caderinhos, parecidos com gibis, cheio de ilustrações bacanas, umas xilogravuras acompanhando umas historinhas que tinham umas trilhas. Bonito e confuso, não sei. Era essa organização na Lapa que produzia. Chegando lá, fui super bem recebida, a equipe ficou contente de saber que o material estava "circulando". Eu me apresentei como gerente de letramentos, que nesse contexto, significava algo parecido com uma professora mesmo. Então me contaram que conseguiram incentivo de uma multinacional para produzir os caderninhos, que contrataram mesmo um super profissional de designer para compor as ilustrações, que estão produzindo, inclusive, novos exemplares com mais cores e brilhos e festejos e tudo o mais. Lá pelas tantas, perguntas fatídicas, respostas desabonadoras. Perguntei: "legal, mas, quem produziu esse conteúdo? Pra quem escreveram esses caderninhos?". "Respostas: Ué, quem monta tudo é um grupo de jornalistas. Tudo PJ, mas que tá com a gente faz um ano já. Não deu pra perceber que foi feito para os professores usarem nas escolas?"


Preciso escrever mais alguma coisa?

terça-feira, 5 de abril de 2011

Educação informal 'tá' na moda


Já escrevi no blog da Cia Trivolim sobre essa premiação do Itaú Unicef. Como captadora de recursos. Para a gerência de letramentos, aqui no "escritessencia", quero sublinhar que a educação informal, ou seja, as iniciativas educativas que dialogam com aprendizagens escolares (por exemplo, sobre cultura, meio ambiente, sociedade e valores humanos) digamos, "diferentes", podem estar mesmo em organizações civis. Faz sentido premiar. Por outro lado, não faz sentido que as organizações civis sejam reconhecidas por iniciativas ou inovações educativas isoladas dos sistemas tradicionais de ensino. Por quê? Dou-lhe uma: porque ong´s não são escolas. Dou-lhe duas: porque escolas não são ong´s. Dou-lhe três: porque suas ações educativas devem ser complementares entre si. Do contrário, as premiações são boicotes intersetoriais, isso sim.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Fundação Volkswagen recebe a Gerência de Letramentos


Das mais de 100 organizações que compõem a Rede Papel Solidário (março de 2011) pelo menos metade delas têm o perfil adequado para utilizar incentivos da Fundação Volkswagen, falta "apenas" elaborarmos um roteiro de arquitetura de projetos genuínos em que os próprios projetistas não percam de vista a importância de dialogar com suas comunidades antes de enviarem as propostas. Essa metodologia de escritura de projetos foi apresentada à diretora da Fundação, Conceição Mirândola, no dia 28/3, quando fomos visitá-los, sensibilizada com o impacto positivo da iniciativa aos próprios financiadores de projetos. De acordo com Mirândola, de fato, quanto mais os membros das comunidades se engajarem na construção de seus projetos, maior as garantias de que os incentivos a eles serão de proveito de um maior número de pessoas. Deixar de ser o escriba de comunidades pouco alfabetizadas dá trabalho, aliás, um trabalho fascinante!http://www.vwbr.com.br/fundacaovw/novo/portugues/